PCP solidário <br> com comunistas ucranianos
A Secção Internacional do PCP manifestou ao Partido Comunista da Ucrânia (PCU) «confiança de que a resistência popular e a luta organizada dos trabalhadores acabarão por se impor e travar o passo às forças retrógradas», e que pode contar com a solidariedade do PCP «na luta em prol de uma Ucrânia livre e de paz, soberana e independente, democrática e de progresso social».
Em carta de 27 de Outubro, um dia depois das «eleições» no país, o PCP nota que estas ocorreram «num clima de repressão e violência» contra os que se «opõem ao regime instalado no poder, através do apoio dos EUA, da UE e da NATO», e que embora os media procurem «difundir a ideia da realização de umas “eleições democráticas”, salta à vista o carácter ilegítimo e anti-democrático deste acto».
O poder de Kiev tem promovido uma «campanha de ódio, perseguição e violência, sendo sistemática e brutalmente espezinhados direitos e liberdades fundamentais», e a campanha eleitoral «evidenciou a total impunidade com que grupos nacionalistas xenófobos e bandos armados neonazis continuam a perseguir e a agredir todo o pensamento discordante e, em especial, as forças que resistem ao actual rumo criminoso e desastroso do poder golpista de Kiev, que prossegue, com o apoio dos EUA, da UE e da NATO, a sua guerra genocida contra a população do Donbass.»
Os comunistas são especialmente visados, com o objectivo de ilegalizar o PCU e criminalizar e proibir a ideologia comunista, lembra o texto, considerando que «é impossível, nestas circunstâncias, falar de umas eleições livres, justas e democráticas», e reiterando solidariedade com as «forças que resistem à campanha de violência fascizante e se levantam contra as ameaças e opressão dos oligarcas e do grande capital.»